Taller Internacional de la Red de Ombudsman y Comisiones Nacionales de Derechos Humanos de la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa

PFDC participa de encontro de instituições de direitos humanos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Provedorias de Justiça, Comissões Nacionais de Direitos Humanos e outras instituições que atuam na temática no Brasil, Moçambique, Portugal, Angola, Guiné Bissau, Timor Leste e São Tomé e Príncipe estiveram reunidas entre os dias 16 e 17 de fevereiro, em Maputo, Moçambique, durante o 1º Seminário Internacional da Rede de Provedores de Justiça e Comissões Nacionais de Direitos Humanos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O encontro discutiu o papel da boa governança para a garantia dos direitos humanos e contou com a participação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal. Desde novembro de 2016, a PFDC preside a Rede de Provedores de Justiça, de Comissões Nacionais de Direitos Humanos e demais Instituições de Direitos Humanos da CPLP. A rede foi criada em 2013 para sensibilizar Parlamentos, governos e outras instituições para a cooperação entre os países membros e para fortalecer Instituições Nacionais de Direitos Humanos cuja atuação estejam em conformidade com os Princípios de Paris – estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O encontro em Maputo foi aberto pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi – que destacou a necessidade de uma profunda reflexão sobre como garantir os direitos humanos, “em particular, o direito à vida e às liberdades fundamentais”, ressaltou.

Na oportunidade, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, destacou a boa governança como fator que contribui para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza. Além de tecer um resgate histórico acerca dos processos de formulação das Constituições dos países de língua portuguesa, a PFDC ressaltou o processo que permitiu, ao longo das últimas décadas, a garantia de direitos a populações até então negligenciadas – como mulheres, negros e povos tradicionais, por exemplo.

“Esse movimento culminou na mudança da ordem jurídica, que antes protegia um padrão definido de cidadãos – do sexo masculino, heterossexual, provedor, adulto e urbano. Essas novas Constituições chegam na perspectiva do pluralismo de ideias. São Constituições que incorporam outros sujeitos com possuidores de direitos”, esclareceu.

Ao apresentar a conformação do Ministério Público Federal brasileiro – e o papel de ombudsman da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão – Deborah Duprat reforçou a importância do diálogo permanente com a sociedade: “a participação e o controle social é imperativo nos processos de formulação e implementação das políticas públicas. Não há como se fazer a defesa dos direitos humanos sem que se ouça as pessoas afetadas”, enfatizou.

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